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O nome dela é Thayanne Rodrigues, 23 anos, atua de meia/volante de 1.66mt, muito talento e que bate na bola como poucas pessoas.
Ela é natural do Rio de Janeiro e moradora de Campo Grande-RJ, na zona oeste do estado, onde eu e muitos outros do bairro tiveram o prazer de vê-la jogar e encantar nos campinhos de bola, nas escolinhas de futebol da região, sendo comparada por muitos à Marta, mas que sempre deixou claro que não queria ser a nova Marta e sim a Thayanne Rodrigues.
Ela que tem o campo de futebol como "quintal de casa" já que mora há poucos metros do "campo do Damasco", no sub-bairro conhecido como Maria de Lurdes, também em Campo Grande, ainda passou por alguns clubes como o Vasco da Gama-RJ, Portuguesa-SP, Flamengo-RJ e Vitória de Santo Antão-PE e quase fechou com o Kindermann-SC na temporada 2017, porém, apesar do seu talento, esforço e todo o apoio de sua família, hoje ela encontra-se sem clube e não sabe se terá a oportunidade de jogar a temporada 2018 do futebol nacional.
Thayanne teve um pouco mais sorte do que muitas meninas e mulheres do país que acabam tentando e abandonando o sonho de se tornar atleta profissional de futebol feminino antes dos 20 anos de idade, mas apesar de seu sonho, parece também estar "invisível" para a modalidade. Apesar disso ela se mantém ativa e treinando forte para caso alguma oportunidade apareça e sempre com o suporte familiar para que continue nessa caminhada.
A realidade é que já vi inúmeras meninas de talento abandonarem o futebol depois de alguns anos. Umas até com passagens por seleção de base, com títulos conquistados e mundiais disputados, e me pergunto: Até quando mataremos talentos e enterraremos sonhos?
Ainda no Rio de Janeiro vi toda uma promissora geração do Vasco da Gama-RJ e da Seleção Feminina abandonar o futebol feminino. Além disso, durante o tempo que estive à frente do Cabuçu FC, de Nova Iguaçu-RJ, ao lado do Treinador Alexandre Amaral, vi muitas meninas de absurda qualidade e com grandes sonhos, viverem a decepção de não conseguir dar continuidade à paixão e abandonar os gramados onde o futebol passou a ser para elas apenas um passa tempo e forma de relembrar os anos de campeonatos, treinos e sonhos abruptamente interrompidos.
Fonte: Blog da Onça/Google |
A forma como o nosso Futebol Feminino é gerenciado e negligenciado, faz com que potenciais atletas abandonem o esporte puramente por falta de oportunidades, uma vez que a grande maioria das federações estaduais não tenham nenhum projeto ou planejamento de desenvolvimento de futebol feminino, de assessoria ou de capacitação de profissionais e clubes de futebol feminino nos estados do país.
Não poderemos dizer que o nosso futebol feminino evolui enquanto tivermos tantas "mulheres invisíveis" na modalidade. É preciso muito mais do que campeonatos e sim a gestão do esporte no país e em todos os estados para que meninas não precisem sair de seu estado para jogar futebol nas grandes "capitais" do futebol feminino nacional.
À Thayanne desejo sorte e torço para que possa vê-la brilhar nos campos de todo o Brasil e até do mundo nos próximos anos, dividindo espaço com tantas outras Thayanes, Marias, Teresas, Renatas, Joanas e Fernandas que também sonham com seu espaço.
Temos muitos talentos, muitas meninas de qualidade, e o que eu posso falar para elas - mesmo sabendo das dificuldades sociais, familiares e financeiras de muitas - é que mantenham seus sonhos vivos o máximo que puderem. Lutem, treinem, busquem evoluir, estar fisicamente e tecnicamente bem, atentas às oportunidades e nunca dando menos do que 110% delas todo dia.
Temos muitos talentos, muitas meninas de qualidade, e o que eu posso falar para elas - mesmo sabendo das dificuldades sociais, familiares e financeiras de muitas - é que mantenham seus sonhos vivos o máximo que puderem. Lutem, treinem, busquem evoluir, estar fisicamente e tecnicamente bem, atentas às oportunidades e nunca dando menos do que 110% delas todo dia.
É por tantas "mulheres invisíveis" Brasil à fora que, da minha maneira, tento lutar diariamente por um futebol feminino melhor, mais organizado, desenvolvido e de mais oportunidades para que não só jogadoras, como treinadores, treinadoras, preparadores e preparadoras possam viver da modalidade em um futuro não muito distante.
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