Copa 2014 e Olimpíada 2016: O Legado e o Futebol Feminino


meu texto publicado no site winged goal keeper



Muito se fala em legado esportivo e social que os eventos que serão realizados no Brasil irão deixar.
O legado só irá existir se aproveitarmos o momento e, com estes mega eventos, investirmos onde o país é mais carente: Saúde, Educação, Esporte, Segurança e Qualificação Profissional/Empregos.
Segundo pesquisa da Empresa Ernest & Yong, “Um evento do porte da Copa do Mundo está relacionado a impactos socioeconômicos diretos e indiretos, sendo possível determinar os efeitos sobre o país…” “…Paralelamente, eventos como este, trazem investimentos em infraestrutura, a atenção da mídia, a mobilização social e os debates sobre as intervenções urbanas, inúmeras oportunidades para o governo, a iniciativa privada e a sociedade em geral.”
Essa é a oportunidade também para o futebol feminino. As grandes transformações no país e nos esportes só acontecem através de grandes eventos.
Após o Rio 2016, o país terá uma grande estrutura para receber novos eventos como A COPA DO MUNDO FIFA DE FUTEBOL FEMININO 2019.
Ontem estive no 10° Meeting de Responsabilidade Social onde se falou exatamente de 2014 e 2016 e seus efeitos. Entre os palestrantes estavam presentes o ex-capitão e ex-técnico da Seleção Brasileira Masculina de Futebol, Dunga, e também Mario Andrada, diretor de comunicação da Nike, entre outros.

Aproveite a oportunidade para fazer uma pergunta ao diretor da Nike: “Sr. Andrada, sabe-se que 50,9% da população brasileira é composta por mulheres. No ano de 2010, somente com a venda de produtos para mulher, o Brasil movimentou R$1,5 Bilhão de reais e sabemos também que as mulheres são responsáveis por 66% da decisão final de compra nos lares do país. Baseado nisso, a NIKE possui algum projeto de para disseminação da marca e produtos associando sua imagem ao futebol feminino brasileiro?”


o Futebol Feminino Pergunta...
O Sr. Andrada pareceu muitíssimo surpreso e parecia não ter conhecimento dos dados citados, mas disse que a Nike tem projetos para o futebol feminino brasileiro. O mediador, Sr. Rodrigo Terra, aproveitou o momento para enfatizar a questão: “Marcio (Andrada), aproveitando esta pertinente questão, já que falamos tanto em legado, a Nike poderia se preocupar em deixar algum legado para o futebol feminino no Brasil. É uma vertente que pode ser pensada e explorada pela empresa, mas é apenas uma ideia”.

Quem sabe as empresas não pensem mais no futebol feminino e no legado que podemos criar para o futebol feminino.

Com certeza uma opção é tornar-se sede da Copa do Mundo Feminina de 2019, assim o evento poderia mobilizar a modalidade, a CBF, Clubes e tudo que envolve o futebol feminino, hoje tão esquecido no Brasil, até por culpa da própria Confederação Brasileira de Futebol.


Atenciosamente,
Eduardo Pontes.

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