Com ou sem medalha o Futebol Feminino precisa de mudanças


O futebol feminino brasileiro luta, na Olimpíada de em Londres, pela tão sonhada medalha de ouro. Já batemos na trave duas vezes, e agora, será que vai?

Sinceramente, torço muito para que essa medalha venha para coroar a batalha de uma modalidade que não tem nenhum apoio. Mérito das atletas, praticamente que única e exclusivamente delas, porque mesmo que muitas tenham que trabalhar e jogar, pois não conseguem viver da sua profissão de jogadora de futebol, e apesar desses e muitos outros fatores, elas continuam de pé, seguindo em frente. A estas mulheres GUERREIRAS, meu total apoio e aplausos!

Mas vamos voltar a falar da Seleção e da nossa chance de medalha.

Caso a medalha de ouro venha, isso não muda nada na situação do futebol feminino brasileiro.  Fomos medalha de prata nos jogos olímpicos de Atenas (2004) e Pequim (2008). Fomos prata também na Copa do mundo da China (2007), e nada, absolutamente nada mudou para melhor.

As promessas existem há mais de 40 anos e não podemos viver delas.

Precisamos de planejamento a longo prazo, calendário, preocupação com a base, transparência dos investimentos e uma diretoria separada para o futebol feminino.

O voleibol brasileiro caminha bem há anos, o basquete já colhe frutos dentro e fora das quadras. Ambos são reflexos de uma gestão de qualidade em que o desporto é visto como um negócio e a confederação como uma empresa, em que todos são empregados e devem cumprir metas pré estabelecidas em prol da modalidade e seu desenvolvimento técnico, administrativo, social e de marketing, entre outros.

Esta faltando isso ao futebol feminino brasileiro, e me pergunto: Até quando?

As mudanças não se referem somente a Seleção Brasileira, mas também como é tratado por clubes e federações. O descaso e desrespeito com atletas prevalece e nada é feito.

Se é de interesse da CBF realmente apoiar a modalidade, pode acontecer, por exemplo, uma parceria com o Ministério do Esporte, a fim de desenvolver este esporte a nível profissional, social e educacional no Brasil. 

Se o trabalho é feito de forma correta e transparente por parte da CBF, uma parceria deste nível pode e deve ser um caminho a ser adotado pela Entidade de Administração do Desporto futebol, no Brasil.

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