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Matéria publicada em www.Voagoleiro.com
Na próxima semana a Seleção Brasileira de Futebol Feminino começa a sua jornada em busca do tão sonhado e esperado ouro olímpico. O primeiro jogo será contra a seleção de Camarões, na quarta-feira, dia 25, às 14:30h – horário de Brasília.
Mas o qual o peso, para o futebol feminino brasileiro, da conquista dessa tão sonhada medalha?
Primeiramente, a possível conquista do ouro não esconde a necessidade de mudança do modelo de gestão, do planejamento e da atenção que é dada à modalidade, no Brasil. Essa medalha seria o ponto final nas desculpas e na falta de ações, algo que é esperado há décadas.
O ouro permitirá que possamos dizer sem medo: Agora não falta mais nada para não existir apoio, e permitirá às jogadoras questionar e exigir melhorias!
- “A modalidade não tem para onde correr, com o ouro ou sem o ouro, o que fica evidente é que a hora da mudança já passou, e faz tempo.”
Com o ouro a pressão será algo natural e os envolvidos na gestão do Futebol Feminino, se é que existe algum tipo de gestão da modalidade, irão se ver entre a cruz e a espada: “ou faço algo, ou faço algo. Não tenho para onde correr”.
Sei que tem pessoas do alto escalão da modalidade que ficam muito chateadas e até revoltadas comigo quando falo assim da gestão, ou da falta dela, no que se refere ao futebol feminino brasileiro. Desculpem-me, mas não digo nada demais. Não podemos fazer nada se é a situação que relatamos é exatamente o que vocês deixam transparecer. Então não fiquem chateados, apenas façam seu trabalho da melhor forma e mudem a impressão que o Brasil e o mundo têm do que é feito e de como é tratada a modalidade no “país do futebol”.
Com o ouro ou sem ele, não há mais para onde correr. Não há mais como se esquivar da responsabilidade.
O “fracasso” será a afirmação de que realmente não há cuidados com as guerreiras do futebol feminino. E guerreiras mesmo, porque aturar o que elas aturam e continuar jogando por amor ao esporte é algo digno da mais alta condecoração.
O êxito será a consagração de mulheres que, sem o devido apoio e respeito, chegaram ao lugar mais alto do pódio, e se elas têm esse potencial, por que não investir e cuidar?
Senhores, não venham bater no peito e dizer que a entidade de administração da modalidade sempre apoiou e que o ouro é resultado deste apoio! Todos sabem, e até mesmo as jogadoras que não é bem assim!
Eu torço pelo ouro olímpico! Sou brasileiro, amo meu país e amo a modalidade! Hoje, mais do que nunca é a hora da verdade! Ou vai, ou vai!
O ouro pesará como nunca nos ombros de quem “cuida” da modalidade e a sua falta pesará da mesma forma.
E o que eu mais espero é que todas as jogadoras do nosso país, que estão espalhadas mundo afora, na seleção ou não, jogando em campinhos de terra batida ou em tapetes de grama da melhor qualidade, entendam que chegou a hora de levantar a cabeça, cobrar a dignidade, o respeito, o profissionalismo para com as mulheres que jogam futebol! Seja uma Marta, seja uma Joana desconhecida. Todas têm direito e o dever de questionar, cobrar e exigir as melhorias que esperamos.
Se cada atleta, famosa ou não, fosse contar a sua história de vida e de luta para jogar futebol no Brasil, o mundo teria apenas a confirmação do que todos nós sabemos há muitos anos, e agora com ainda mais certeza: Ou muda, ou muda!
E vocês, concordam com isso? Chegou a hora da mudança?
Eu sou Eduardo Pontes! A vocês o meu abraço e até a próxima quinta-feira!
Eduardo Pontes
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https://twitter.com/Edu_pontes
EduardoPontes@EduPontes.com
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