Futebol do Brasil: antes temido, hoje apenas mais um.

Imagem: CupinBrazil2014.blogspot.com

O Brasil viveu anos e anos a hegemonia esportiva no futebol mundial. Até mesmo no feminino, sem apoio e sem planejamento, éramos considerados uns dos melhores do mundo, sempre temido por todos devido aos talentos individuais que sempre tivemos em grande quantidade.
Os recentes acontecimentos na Olimpíada de Londres nos situam da real condição do futebol brasileiro, como somos vistos e como trabalhamos dentro da modalidade.
Segundo o último ranking da FIFA, o futebol masculino ocupa a 13ª posição e o futebol feminino ocupa a 5ª colocação.
Está sendo provado, a cada dia, que talento somente não basta! É necessário planejar, estruturar, criar metas e trabalhar para que estas aconteçam. O Brasil acomodou-se com o título de melhor do mundo, de “país do futebol” e a realidade é que o mundo do futebol evoluiu, os países e suas seleções vêm crescendo, aprimorando a forma de jogar, melhorando esquemas táticos e jogando cada vez mais de forma coletiva.
Não estou dizendo que o Brasil está regredindo. Apenas afirmo que estamos parados na mesma posição de décadas atrás. Relaxamos, “tiramos o pé” e a vantagem que tínhamos não se manteve. Fomos ultrapassados e agora precisamos voltar a, como um carro, desenvolver bem para que voltemos a ocupar a primeira posição.
No feminino, nunca chegamos ao topo, mas sempre fomos uma pedra no sapato das adversárias. Sempre fomos não, éramos, pois hoje somos apenas uma seleção que não desperta medo, assim como no masculino.
O que é necessário fazer para entender que: "Talento não ganha jogo. Planejamento, sim!" ?
Hoje o futebol brasileiro não só foi ultrapassado por seus adversários futebolísticos, como também já tem sua hegemonia na preferência dos brasileiros ameaçada e “ofuscada” pelo voleibol.
No voleibol se planeja, organiza suas ações, as direciona e realiza um controle de tudo isso para que os resultados sejam alcançados. Isto é o básico da gestão.
Ontem, em entrevista a um programa de televisão comandado pelo apresentador e comentarista Galvão Bueno, Ary Graça Filho, presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) disse que a CBV mede o desempenho e resultados mensalmente e os entrega aos patrocinadores. Isso é reflexo de que a cobrança e a busca pela excelência vêm de cima pra baixo.
Disse ainda que a confederação de vôlei não chega a ser metade do que é a CBF até mesmo em relação a patrocínio, mas o planejamento é o que traz tantos resultados.
A CBV, ao contrário de outras confederações, sabe que talentos não ganham jogos! Sabem que apesar do talento é necessário que sejam feitas uma série de coisas para que se alcance o resultado final.
Para 2014, 2015 e 2016 (Copa do mundo, Mundial de Futebol Feminino e Olimpíadas do Brasil) precisaremos de muito mais do que vem sendo feito e apresentado. 
Não há tempo para lamentar! É como estar lesionado e saber que só teremos condições de chegar à próxima competição recuperados se começarmos a trabalhar para curar a lesão já no dia seguinte ao ocorrido! Então, de forma comparativa, Londres acabou hoje e amanhã já é dia de começar a ver o dia como o primeiro dia da recuperação! 
Nosso futebol está lesionado e não assusta ninguém, e precisamos recuperar ao menos o respeito que hoje não temos mais!

Planejamento, Organização, Direção e Controle - é disso que precisamos! E não estou criticando o que é feito hoje, e sim mostrando que precisamos mudar, porque assim como eu, muitos se preocupam com o futebol brasileiro! Não importa o passado! O que importa é quais ações serão tomadas daqui pra frente para o bem do desporto!

Comentários

  1. Concordo com o post e vou além, o Brasil nunca foi essa potência toda que os nacionalistas acham. Esse país passou 24 anos sem ganhar uma Copa do Mundo. Quando saiu da seca, em 1994, foi numa emocionante decisão por pênaltis. A Itália poderia muito bem ter vencido. Em 2002 tomamos sufoco da Turquia duas vezes, fomos favorecidos pela arbitragem contra a Bélgica. Na final, vencemos uma das seleções mais fracas da história da Alemanha, mesmo assim, ainda passamos aperto naquele jogo. Quem não se lembra daquela defesa do Marcos? Em que a bola ainda pegou na trave? Se aquela bola de Oliver Neuville entra, a história poderia ser mais triste. Em 1962 o Garrincha foi expulso nas semifinais, mas deram um jeitinho e ele jogou a final. Enfim, para mim as seleções incontestáveis foram as de 58 e de 70. De resto, não vejo tanta supremacia!

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