Futebol Feminino não é brincadeira! Ou muda, ou muda!


Na tarde desta sexta-feira, o futebol Feminino do Brasil deu adeus ao sonho do ouro olímpico, e também à chance de medalha.

A Seleção já não vinha jogando bem, desde os jogos preparatórios. Havia a expectativa de que o time melhorasse durante a competição, mas este desejo não se realizou.

Poderia aqui enumerar e discursar por horas e horas, por linhas e mais linhas deste texto sobre os fatores que levaram ao trágico resultado. Acho que não é necessário falar muito. A CBF é questionada há anos pela falta de apoio ou gestão inadequada da modalidade, já o técnico Jorge Barcellos, não escalou o que tínhamos de melhor e não foi feliz na escolha do esquema de jogo, um somado ao outro e pronto.

E vejo muita gente preocupada, muita atleta assustada e perguntas surgindo dos 4 cantos da face da terra: "E agora, irá a modalidade se perder de vez?", "O apoio que já é pouco irá ser menor ainda?", "O futebol feminino no Brasil vai acabar?".

Acho que chegou a hora da CBF reconhecer que precisa de ajuda, pois até o momento não acertou o modelo de gestão que seja eficaz para o desenvolvimento do futebol feminino brasileiro. Não há escolha! Ou faz algo, ou faz algo! A escolha de uma gestão ineficiente ou de um planejamento errado fora dos campos tem reflexo direto nos resultados obtidos dentro das quatro linhas, isso é básico ao falar de gestão.

Não estou criando caso, fazendo a revolução, e sim dizendo o que muitos sabem e não tem coragem: A VERDADE! Eu não tenho medo de falar, até porque quando queremos o bem, mesmo que aquele "alguém" não queira nos ouvir e fique chateado, nós falamos, pois geralmente quem está de fora vê melhor as situações. E a análise é simples: DA FORMA QUE ESTÁ, NÃO DÁ MAIS!

O Ministério do Esporte, por ordem da Presidente Dilma, e representado pela figura do Ministro Aldo Rebelo, criou um grupo de trabalho que já apresentou um projeto para os próximos 20 anos do futebol feminino no Brasil. 

Melhor momento que este, creio que não exista, mas quem deve decidir isso não sou eu, nem você leitor, nem você atleta. Cabe a ela, Confederação Brasileira de Futebol, definir qual o passo será dado.

Sinceramente, não importa o que não foi feito, o que faltou e sim o que pode e o que será feito!

O que importa é que estamos unidos por um ideal maior do que cada um de nós e vamos assim, sem ego, sem vaidade, sem arrogância, fazer o que podemos e devemos! É uma obrigação e ou vai pra frente, ou vai pra frente!

Não estamos lidando com a minha vida, não é a vida de quem faz parte do grupo de trabalho que importa, muito menos a vida de dirigentes e pseudo gestores. Estamos lidando com a vida de milhares de mulheres, com milhares de sonhos, com a profissão e a experança de muitas e por isso, não estamos aqui pra brincar ou falar! Estamos aqui pra fazer!

Viva o Futebol Feminino!!!

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