A gestão do esporte e o futebol feminino


Qualquer pessoa que entenda de gestão esportiva sabe que amistosos da Seleção não mudam a situação do futebol brasileiro. Incluo nisso também o futebol feminino, lógico. (e vale também para outras modalidades)

A gestão à nível de seleção é importante, mas é incompleta se não houver uma gestão da modalidade como um todo.

É necessário pensar nos clubes, na base, nas atletas, nas competições, na formação, na massificação e popularização do esporte, em fazê-lo atraente e consequentemente lucrativo para as partes envolvidas.

É importante planejar, traçar metas, pensar e executar ações para alcançá-las e tornar a modalidade forte.

Se a modalidade não for forte desde sua base, sua seleção não será forte o suficiente para se manter no topo. 

Uma base forte representa "peças de reposição" para uma seleção, mantendo ela forte mesmo quando ocorrer a transição de atletas entre categorias e até mesmo a "aposentadoria" de atletas numa seleção principal.

Chegar ao topo é difícil, porém ainda mais difícil é manter-se nele, e sem uma modalidade forte podemos até alcançar o topo, mas se manter nele será complicado afinal diversos países estão se planejando e procurando melhorar como Gana, Colômbia, Canadá, EUA, Japão, Alemanha, Portugal, Guiné Equatorial, Austrália, Suécia, Venezuela e muitas outras.

Infelizmente não vejo a nossa entidade de administração desportiva (EAD) tendo essa preocupação com a modalidade. 

Pensar na Seleção e pensar na modalidade são coisas diferentes. Pensar na Seleção não muda a modalidade, mas pensar na modalidade pode mudar de uma vez por todas o presente e o futuro de nossa seleção nacional.

Comentários

  1. Penso que uma coisa não exclui a outra. Agora a seleção se preparar minimamente é essencial. então vejamos, chegamos em duas finais olímpicas e uma final de mundial, onde se viu claramente que faltou CANCHA.
    Enquanto EUA e Alemanha se entrosavam mês a mês com mais de um jogo por mês de média num ano com adversários duros, a seleção era como sempre o catadão reunido de ultima hora na granja Comary, quando jogava era com sub-15 masculino de Vasco, Bangu, fluminense. Vai dizer que isso não faz diferença em uma decisão? Lógico que faz e fez. Poderíamos ter dois ouros olímpicos e uma copa do mundo no cartel.
    E isso poderia ter feito uma diferença absurda para a modalidade, poderíamos hoje está em outro patamar, porque você conhece a mentalidade aqui, é melhor as vezes ser último a ser três vezes vice seguido.
    Toda essa questão de base , de estruturação é importante, fundamental e crucial, agora seleção tem que ser muito prioridade, é o minimo que se deve fazer.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe seu comentário, opinião, dúvida ou sugestão! Um abraço, Edu Pontes!