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Tenho visto notas sobre peneiras de futebol onde integrantes da CBF estarão presentes olhando atletas e convidando as selecionadas para um período de treinamento na Granja Comary e até indicando estas atletas para clubes.
A CBF tenta mostrar preocupação com a modalidade, porém as atletas que disputaram competições sub-20 em 2012 ainda não receberam a premiação prometida nem o direito de imagem que lhes é de direito.
Muitos devem estar se perguntando o que a peneira tem a ver com o não pagamento da sub-20, então vamos lá!
A peneira a nível de observação é importante, mas não se constrói uma casa do teto para a fundação e sim da fundação para o teto!
Como eu posso observar atletas e até convocá-las ou indicar para um clube se não existe estrutura na maior parte do país para suportar essa demanda que vai aparecer? Indicar uma atleta para clubes onde a situação de alojamento é precária e onde ela não ganhará nada além de promessas?
Promessas não colocam comida na mesa assim como não pagam as contas!
Para indicar atletas deve-se ter uma estrutura forte EM CADA ESTADO pois o correto e ético é distribuir estas meninas em seus estados e regiões e não beneficiar e fortalecer alguns poucos e seletos clubes.
No começo de uma mudança devemos identificar os problemas e discutir soluções para eles. Em seguida devemos colocar em prática todo o planejamento estratégico com a finalidade de sanar os problemas identificados.
Se eu não pensar no todo eu sempre terei retrabalho. Quem vive de apagar incêndio é bombeiro!
Planejar errado e não planejar acaba dando no mesmo.
Não se pode afirmar que o foco é a modalidade se jogadoras ficam sem receber direitos de imagem. Direitos estes que elas nem sabem como são calculados!
E aquelas atletas que jogam e estudam no exterior? Por quê não tem oportunidade?
E a falta de competições estaduais e regionais? E a falta de incentivo e fiscalização nos clubes e federações?
E a quantidade de equipes que fecham as portas por falta de patrocínio todos os anos? E os 30 anos de Futebol Feminino sem mudanças no país?
E quanto a FIFA injeta no Brasil para desenvolvimento da modalidade?
São muitas perguntas, poucas respostas e quase nenhuma ação que de fato mostre que existe algo concreto e diferente do tradicional "vamos fazer de conta que algo está sendo feito"!
Eu adoraria queimar a língua e falar que estou enganado, mas não estou aqui fofocando ou supondo e sim colocando no papel os problemas, soluções, forças, fraquezas, dificuldades e ligando isso tudo a fatos.
Quem trabalha e está inserido no Futebol Feminino, muitos há bem mais tempo do que eu, sabe muito bem dos problemas e possíveis soluções, sejam estas difíceis ou mais simples.
Existe a necessidade de serem todos mais críticos, de pararem de falar só em off ali escondidinho.
É preciso parar de aceitar migalhas, é necessário parar de fazer de conta que está bom!
Bom não está nem nunca esteve. Hoje a situação está péssima e enquanto ações vazias continuarem sendo postas a mesa a barriga da modalidade continuará vazia.
Reafirmo aqui que as peneiras e observações são válidas e necessárias, porém se não pensar em todos os fatores que cercam e refletem diretamente em cada ação ainda estaremos distantes do que seria o mínimo do certo e eficaz!
Lembrem que aplicar o remédio errado não faz o paciente melhorar. Pode não surtir efeito algum, pode fazer este paciente piorar e as vezes até morrer e exatamente por isso deve-se pensar em cada detalhe de tudo aquilo que se faz ou que não se faz, porque não cuidar do paciente também pode o matar!
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Seleção Brasileira
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