Futebol Feminino: Um caminho sem volta rumo à evolução

Um grande passo para a evolução do Futebol Feminino Brasileiro?!
Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino - 


Estava a pensar sobre este tema e depois de muito analisar acredito que ele tem pontos muito positivos. 

Talvez um dos principais é que uma competição desse porte obrigará o país a organizar pela 1ª vez um calendário nacional de futebol feminino.

Esse calendário levaria em consideração todos os estaduais, Copa do brasil e competições regionais, além das competições da seleção e a própria competição nacional! As federações serão obrigadas a se organizar!

E claro que além da organização das federações, profissionais e clubes que sempre trabalharam de qualquer jeito terão que se preocupar mais com sua logística, a preparação física de suas equipes, a estrutura básica necessária.

Essa falta de organização sempre foi um fator determinante para a dificuldade na captação de patrocínio e qualquer outro tipo de negociação. Até mesmo para a TV um calendário é imprescindível.

Acaba sendo necessário naturalmente um passo da modalidade rumo à sua organização e nessa hora que veremos entre clubes, atletas, pessoas que trabalham com a modalidade e federações, quem realmente é ou não PROFISSIONAL.

Com certeza haverão muitas reclamações! Estas feitas por aquelas pessoas que em décadas de modalidade sempre criticaram qualquer ação mas que nunca mexeram um dedo em prol de uma mudança real no esporte. 

Uma pequena parte formada por atletas reclamará sim, mas porque sonham com uma modalidade forte e sem sacanagens onde todas tenham oportunidades e em um primeiro momento algumas, infelizmente, ficarão de fora.

Os homens que estão acostumados a mexer os "pauzinhos" ou que falam amar a modalidade, mas no fundo só se preocupam com o próprio umbigo e com seus clubes, também reclamarão.

O investimento traz melhorias, mas a partir do momento que o investimento ocorre e a coisa anda as cobranças passarão a ser maiores e as responsabilidades também.

A postura de todos que estão no meio terá que mudar. A competição nacional pode servir para separar o joio o trigo.

Por questão de inteligência e sobrevivência de alguns a tendência da modalidade será andar para frente, afinal depois de um grande passo dado, caminhar para trás será atestar uma falta de capacidade de conduzir o futebol feminino e independente de como for a responsabilidade cairá sobre quem é responsável por gerir a modalidade no país, e não haverá chance de se esquivar dessa responsabilidade.

Acredito que ninguém vai querer ser apontado como o pai/responsável pelo insucesso ou por uma incapacidade, então ou faz a modalidade caminhar ou faz a modalidade caminhar. É um caminho praticamente sem volta.

Bom para a modalidade, bom para as atletas e bom para todo um "mundo" que hoje não gira em torno da modalidade, mas que deveria girar. O marketing, a gestão, o licenciamento de produtos, as promoções, a publicidade, a propaganda, o patrocínio, as premiações e tantas outras coisas.

Em uma primeira edição, logicamente que quem não jogar vai reclamar! Mil e um "defeitos" serão apontados. Mas isso também mostrará quem está pensando com a razão e analisando antes de falar, pois pensa no futebol feminino, e mostrará também quem está mais preocupado com o próprio umbigo, com o ego e com o "EU".

Não devemos pensar que benefício o esporte trará pra "eu" ou para "ele(a)" e sim que benefício passa a ter a modalidade e essa, acredito eu, que só tem a ganhar.

Que realmente seja o primeiro passo de muitos de uma modalidade que está há muitos anos engatinhando.

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