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Finalmente parece que a CBF pretende conversar com a NIKE para colocar no mercado as camisas da seleção feminina de futebol. Essa era uma das maiores reclamações das mulheres em relação a material esportivo da seleção. A maior reclamação, claro, continua sendo a falta de apoio.
Os discursos que temos visto são de investimentos, apoio, mudanças e assim esperamos que seja feito porque não basta dar um almoço depois da conquista de um ouro Panamericano pra dizer que a coisa está mudando. O buraco é mais embaixo.
Infelizmente a situação do futebol feminino, por seu histórico é o VER PRA CRER.
- Ainda estamos absurdamente longe de uma modalidade estruturada e auto suficiente. A formação de atletas é precária, a estrutura dos clubes e as questões trabalhistas são quase nulas.
- Clubes de camisa entram na modalidade com um planejamento tão bem pensado que saem no mesmo ano ou logo no ano seguinte. Em estados como o Rio de Janeiro, por exemplo, "times de aluguel", como o da Marinha que só falta vestir a camisa do fluminense em 2016, são comuns. Isso não contribui muito (ou quase nada) para a modalidade.
- Não vemos ninguém brigar pela base, se unir pra ir em federação.
- Não vemos a CBF prestar assessoria aos clubes e traçar diretrizes para modalidade e dada a falta de organização em federações e clubes, ninguém melhor do que a entidade máxima para bater o pé e dizer o que será feito e como será feito. Mas pra isso, deve ser tudo pensado e bem definido.
- É preciso escutar a todos, entender todos os pontos de vista (o que não significa segui-los) e se preocupar em escutar mais aqueles que falam mais em modalidade e menos em si próprios.
- Seleção permanente é importante para objetivos da CBF e para a seleção, mas não muda a situação do futebol feminino no Brasil. E pra quem alega que ajuda na visibilidade, essas meninas já conquistaram medalhas e chegaram longe demais em competições com muito esforço e pouca estrutura, então não me venham com papo de que é a medalha de ouro que faz a diferença.
O que faz diferença é a vontade de fazer a coisa andar, fator que infelizmente é visto em poucas pessoas e organizações. Pra ser sincero, em praticamente nenhuma porque as pessoas estão preocupadas é com elas e com o próprio bolso, com a oportunidade de aparecer e dizer que fizeram algo, que participaram daquilo, mesmo que não tenha mudado nada para a modalidade.
Enfim, vamos ver no que vai dar.
Espero que as pessoas tenham realmente bom senso e que a vontade de fazer o futebol feminino andar seja muito maior do que o orgulho de postar no facebook dizendo que seu trabalho é diferenciado, que seu clube é o mais estruturado ou que tem história no meio do futebol, porque o que eu vejo são pessoas que batem no peito e falam muito mas que em 10, 20, 30 ou 40 anos de futebol feminino mais fazem mal com suas atitudes dentro e fora das quatro linhas do que bem e infelizmente não mudaram muita coisa dentro da modalidade em todos os anos que afirma e demonstram estar "trabalhando por ela".
"Ah, mas eu me preocupo, Eduardo" - Acho que dá pra contar nos dedos das mãos e sobra dedo ainda quem realmente discursa assim e age assim, porque muita gente diz se preocupar porém demonstra com atitudes varzeanas e reprováveis que, se por acaso realmente se preocupam, ainda estão longe de enxergar o que realmente é preciso.
Respeito a todos, mesmo aqueles que sei de histórias cabeludas, mas espero que as pessoas do meio, de atletas a dirigentes, passando por todos os treinadores e preparadores, tenham muito mais consciência e bom senso para fazer o que precisa ser feito pela modalidade.
Ainda estamos anos luz de melhorar a situação e isso é culpa de todos!
Boa semana!
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