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Me preocupa a aderência dos clubes ao PROFUT, apesar de não ter lido este com calma.
O Profut conta com 111 clubes inscritos, e é uma espécie de refinanciamento de dívidas dos clubes em um prazo de até 20 anos (240 parcelas) e além do refinanciamento o Programa reduzirá as multas em 70% e os juros em 40%.
E nessa brincadeira o Futebol Feminino virou peça de trocam, e a intenção é boa, mas de nada adianta se clubes cederem apenas camisa e não investirem tempo, dinheiro e estrutura no projeto.
Eu, particularmente, acho que dizer que os clubes que aderem ao profut necessitam realizar uma manutenção de investimento mínimo na formação de atletas e no futebol feminino é muito vago.
O PROFUT pode até ser bom pro feminino, porém pode ser prejudicial também. Não sou eu apenas que acho isso. Atletas e pessoas do meio falam nos bastidores, mas ninguém tem voz ativa ou quer expor opinião, como de costume.
O PROFUT pode ajudar a:
- quebrar estigmas e conceitos atrasados,
- aproximar torcida,
- aproximar a mídia.
Porém só funcionará se houver certa qualidade e consciência no trabalho apresentado para que resultados significativos sejam colhidos e alcançados. Caso contrário, "o feitiço vira contra o feiticeiro" e o futebol feminino poderá ter uma imagem que reforce ainda mais os pré-conceitos sobre mulher e futebol.
São necessários profissionais qualificados, projetos bem elaborados, visão, tino pra coisa.
O ideal seria que os clubes apresentassem projetos de médio /longo prazo tendo o mínimo de 3 anos de projeto e planejamento adulto e de base.
Algumas perguntas ficam sem resposta (e se pararmos com calma virão muitas mais):
- Quantos por cento da renda anual dos clubes deverá ser investido (mínimo e máximo)?
- Qual o período de investimento: 1 ano, 3, 5, enquanto houver dívida?
- Formação de atletas e investimento nos moldes do que, lei Pelé?
Não é ser pessimista ou só falar mal... é pensar! É se preocupar com a coisa pra que ela aconteça da melhor maneira possível para a modalidade.
No fundo ainda acho, e com muita convicção, que é preciso parar de coitadismo e trabalhar o futebol feminino como produto, mostrar a qualidade, trabalhar seu potencial comercial, encher os olhos de quem assiste, fisgar investidores por ter um produto bom e deixar de ficar dependendo de favores, emendas, projetos e migalhas.
Profissionalismo e seriedade, pra ontem.
Se o produto for bom, não irá interessar qual é a camisa que aparece e aí as camisas conhecidas do futebol masculino que o povo implora que abrace nossa causa irão naturalmente procurar um espacinho pra entrar e poder associar sua marca à modalidade porque ela terá se mostrado um produto de qualidade.
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